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Fato ou boato: o uso de óxidos é maléfico para a biologia do solo?
Fato ou boato: o uso de óxidos é maléfico para a biologia do solo?
29 Out 2025

Fato ou boato: o uso de óxidos é maléfico para a biologia do solo?

Estudo comprova que o uso de óxidos de cálcio e magnésio Caltec não afeta negativamente a biologia do solo, mantendo a atividade microbiana estável.

Para esclarecer essa dúvida, a Caltec desenvolveu um protocolo junto à Consultoria Agroimpulse utilizando o padrão de avaliação desenvolvido pela Embrapa, a BIOAS.

 

Essa metodologia vai além da análise química do solo, permitindo também avaliar as condições microbiológicas por meio da quantificação de enzimas associadas a diferentes compartimentos do solo, como argila e matéria orgânica.

 

As enzimas analisadas foram fosfatase, β-glicosidade e arilsulfatase, todas essenciais para a ciclagem de nutrientes e consideradas indicadoras de atividade microbiológica. A partir desses resultados, é possível inferir índices de qualidade biológica do solo (IQS biológico), química (IQS químico) e a relação entre ambos (IQS Fertbio).

 

No estudo, foi avaliado o produto da linha OxiFlux, de granulometria refinada, O-104, aplicado em soqueira de cana. O experimento ocorreu na cidade de Luiz Antonio (SP), com solo de textura argilosa e unidades experimentais delimitadas dentro de uma lavoura comercial, com todas as recomendações para experimentação agrícola de repetição, casualização e controle total entre os tratamentos. O tratamento com óxido (300 kg/ha) foi comparado a uma testemunha (sem aplicação de corretivo) e a tratamento padrão com aplicação de calcário (1 ton/ha).

 

 

Na avaliação da aplicação de O-104, não foram observadas diferenças estatísticas entre as médias dos tratamentos (identificados pela mesma letra), mesmo em diferentes épocas de avaliação conforme tabela 1. No entanto, como demonstrado no gráfico 1, verificou-se uma tendência de aumento do parâmetro avaliado com a aplicação de O-104 em comparação ao calcário e à testemunha aos 90 dias após a aplicação, bem como em relação ao calcário aos 180 dias após a aplicação.

 

 

Dessa forma, é possível inferir que mesmo o tratamento sem aplicação de corretivo apresentou índices iguais ou até inferiores aos observados no tratamento com O-104. Isso indica que a utilização do óxido de cálcio e magnésio Caltec não ocasionou distúrbios negativos à microbiologia do solo.

 

A aplicação de óxido da Caltec apresentou resultados positivos sobre a biologia do solo, pois seu processo de produção reúne tecnologias que garantem nutrição vegetal balanceada e controle da acidez no solo, mesmo em doses inferiores às utilizadas com corretivos convencionais. Quando aplicadas corretamente conforme o tipo de solo e cultura, essas doses não apenas evitam prejuízos à biologia do solo, mas também promovem o aporte nutricional das plantas, mantendo-as em condições favoráveis ao desenvolvimento e às interações benéficas com os microrganismos presentes.

 

Conclusões

A aplicação de óxido de cálcio e magnésio Caltec, na dose adequada para o estágio de desenvolvimento da cultura e tipo de solo, não apresentou correlação com diminuição no índice Fertbio comparado à aplicação de calcário ou sem quaisquer aplicações. Dessa forma, comprovou ser uma prática segura, com as dosagens corretas, para a qualidade biológica e química do solo.